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Segunda-feira, 30 de Março de 2009

To whom it may concern...

Independência emocional

 

“No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, precisamos da ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre estes dois períodos da nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes?”

 

As palavras acima são do atual Dalai Lama. Realmente é muito curioso ver que nos orgulhamos de nossa independência emocional. Claro, não é bem assim: continuamos precisando dos outros nossa vida inteira, mas é uma “vergonha” demonstrar isso, então preferimos chorar escondidos. E quando alguém nos pede ajuda, esta pessoa é considerada fraca, incapaz de controlar seus sentimentos.

 

Existe uma regra não escrita, afirmando que “o mundo é dos fortes”, o que “sobrevive apenas o mais apto.” Se assim fosse, os seres humanos jamais existiriam, porque fazem parte de uma espécie que precisa ser protegida por um largo período de tempo (especialistas dizem que somos apenas capazes de sobreviver por nós mesmos depois dos nove anos de idade, enquanto uma girafa leva apenas de seis a oito meses, e uma abelha já é independente em menos de cinco minutos).

Estamos neste mundo. Eu, de minha parte, continuo - e continuarei sempre – dependendo dos outros. Dependo de minha mulher, meus amigos, meus editores. Dependo até mesmo dos meus inimigos, que me ajudam a estar sempre adestrado no uso da espada.

 

Claro, existem momentos que este fogo sopra em outra direção, mas eu sempre me questiono: onde estão os outros? Será que me isolei demais? Como qualquer pessoa sadia, necessito também de solidão, de momentos de reflexão.

Mas não posso me viciar nisso.

A independência emocional não leva a absolutamente lugar nenhum – exceto a uma pretensa fortaleza, cujo único e inútil objetivo é impressionar os outros.

A dependência emocional, por sua vez, é como uma fogueira que acendemos.

 

No início as relações são difíceis. Da mesma maneira que o fogo é necessário conformar-se com a fumaça desagradável - que torna a respiração difícil, e arranca lágrimas do rosto. Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor – espalhando calor, calma, e eventualmente fazendo saltar uma brasa que nos queima, mas é isso que torna uma relação interessante, não é verdade?

Comecei esta coluna citando um prêmio Nobel da Paz sobre a importância das relações humanas. Termino com o professor Albert Schweitzer, médi­co e missionário, que recebeu o mesmo prêmio Nobel, 1952.

 

"Todos nós conhecemos uma doença na África Central chamada de doença do sono. O que precisamos saber é que existe uma doença semelhante que ataca a alma - e que é muito perigosa, porque se instala sem ser percebida. Quando você notar o menor sinal de indiferença e de falta de entusiasmo com relação ao seu semelhante, fique alerta!”

"A única maneira de prevenir-se contra esta doença é entendendo que a alma sofre, e sofre muito, quando a obrigamos a viver superficialmente. A alma gosta de coisas belas e profundas”.

by Paulo Coelho

 

publicado por tartarugazul às 22:35
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Domingo, 22 de Março de 2009

o que seria do amarelo se tudo fosse azul?

Sexta feira à noite (ou sábado de madrugada como preferirem) pus-me a pensar como as minhas ultimas escolhas afectaram a minha vida..

 

Não pude deixar de admirar a beleza da ponte sobre o tejo à noite, toda iluminada e sem um único carro,  e de sorrir depois na noite feliz que me fez esquecer a semana complicada que tive.

 

A verdade é que as nossas escolhas certas ou erradas nos fazem ir por caminhos tão diferentes que assusta. Mas a parte que me faz sorrir é que é podemos sempre voltar atrás:)

Podemos sempre escolher outra coisa e começar de novo.

Podemos sempre largar tudo e abrir um bar na praia:)

 

Tenho uma estranha capacidade de atrair problemas e de precisar de percorrer os caminhos mais sinistros até conseguir encontrar os certos.. E talvez mais uma vez não esteja no caminho profissional mais correcto ou talvez tenha tido apenas uma semana complicada..

 

Mas apesar de por vezes me apetecer amaldiçoar a lua por bloquear a minha estrela da sorte, não posso deixar de agradecer ao universo por já me ter mostrado um lado bom..

 

Talvez adevenha de ai a minha incapacidade de me contentar com uma coisa mais ou menos..

Daí ter coragem para pegar nas malas e ir embora uma e outra vez..

 

Recomeçar é sempre dificil e cada vez mais porque nunca sabemos se estamos a largar uma coisa assim assim para nos metermos numa muito má..

 

Mas continuo a agradecer ao universo por de vez em quando me mandar amigos que me dizem: " Lembra-te que estás sempre a tempo de mudar. Nada é definitivo, nem o bom nem o mau.. Tens até setembro para decidir se estás no sitio certo ou não.. Por isso respira fundo e prepara-te para mais uma semana dura de trabalho. Mas até segunda feira tens 2 dias só para ti:)"

 

è incrivelmente bom poder falar com alguem que está de fora e que simplesmente tem uma visão da vida totalmente diferente da minha:)

 

 

 

 

publicado por tartarugazul às 16:31
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Domingo, 1 de Março de 2009

rainy days

os meus dias de chuva fazem me lembrar há quanto tempo não fotografo como deve de ser...

 

publicado por tartarugazul às 19:17
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